Família Jafet comemora 130 anos de imigração no Brasil. Com louvor. Recordando Sra. Violeta Basílio Jafet.


Em tempos em que se discutem valores familiares e o acolhimento de imigrantes em várias nações, a Família Jafet, tão conhecida dos paulistanos, dá um exemplo de união, que atravessa gerações, e do quanto povos provenientes de outros países podem contribuir com a terra que os acolhe.
Em 2017, os Jafet comemoram 130 anos no Brasil, mostrando que as sementes plantadas pelos primeiros patriarcas que aqui chegaram não só renderam bons frutos como deixaram um belo legado para as gerações seguintes.

A história da Família Jafet, nestas 13 décadas de Brasil, é marcada pelo empreendedorismo, vanguardismo, solidariedade e espírito de colaboração.  A primeira loja da colônia libanesa, na Rua 25 de Março, em São Paulo, foi fundada por Benjamin Jafet, em 1887.

A Família Jafet também foi fundamental na fundação do Esporte Clube Sírio e do Clube Atlético Monte Líbano, ambos em São Paulo, da Liga das Senhoras Ortodoxas, da Igreja Ortodoxa Antioquina do Brasil, da Catedral Metropolitana Ortodoxa.
Corso da familia Jafet

Mais: presidiu por dois mandatos a Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância, fundou a Câmara de Comércio Sírio-Libanesa, hoje, Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, além de ter contribuído com a urbanização do bairro paulistano do Ipiranga e de ter construído casas para centenas dentre seus mais de cinco mil operários, quatro pavilhões do Hospital Leão XIII, hoje, Hospital São Camilo, e, ainda, auxiliado na construção do Colégio Cardeal Motta.
Dona Violeta Basílio Jafet, fundadora e presidente honorária do hospital sírio-libanês, falecida os 108 anos em 2016. 

Já na década de 1910, a família praticava a filantropia. Além de idealizadora e de doadora de grandes somas, desde o início das atividades do Hospital Sírio-Libanês, em 1921, por Dona Adma Jafet e Senhoras Libanesas, foi fundadora de outras associações como a Liga Patriótica Síria, constituída com o objetivo de obter esforços diplomáticos para encerrar o fim do domínio turco-otomano sobre as terras sírio-libanesas.
Casamento Chedid Jafet

Esses são apenas alguns dos feitos desta família que tanto contribuiu e contribui com o Brasil desde que se radicou na cidade de São Paulo, no fim do século 19, criando um dos maiores grupos empresariais familiares do país, com empreendimentos no ramo têxtil, mineração, metalurgia, siderurgia, serviços financeiros e navegação, além de ter se dedicado ativamente não somente à filantropia como também às artes e às pesquisas, com significativas contribuições ao Museu de Arte de São Paulo e à Universidade de São Paulo.
Palácio dos Cedros, residência casal Jafet

No dia 7 de outubro de 2017, em uma festa restrita à família, cerca de 600 descendentes estarão reunidos no Clube Atlético Monte Líbano para celebrar os 130 anos da família no Brasil, que já está em sua sexta geração.




A comissão organizadora do evento em comemoração aos 130 anos da Família Jafet no Brasil, composta apenas por descendentes, está à disposição para entrevistas agendadas e, preferencialmente, presenciais.

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<Ovadia Saadia, de SP>

Comentários

  1. Em 2016 Morreu naquela triste tarde daquela segunda-feira (26) Violeta Basílio Jafet, presidente honorária da Sociedade Beneficente de Senhoras do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Filha de Adma Jafet, idealizadora do hospital e que dá nome à rua onde fica a instituição, Violeta tinha 108 anos.
    Violeta herdou da mãe a missão de fundar o Sírio Libanês, inaugurado oficialmente em 15 de agosto de 1965.
    Em nota, o hospital lamentou a morte de Violeta Jafet. "Violeta B. Jafet sempre pregou a harmonia entre as pessoas, independentemente de religiões e nacionalidades, ensinando que as três principais ações para uma vida feliz são perdoar, esquecer e amar", diz a nota.
    O velório será nesta terça-feira (27) a partir das 9h no anfiteatro do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. O sepultamento será ás 15h no Cemitério da Consolação.

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  2. Última reportagem, Sra Violeta Jafet- Dez 2016 Revista Veja SP- Violeta Jafet já não consegue caminhar com desenvoltura pelos 84 000 metros quadrados do Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista. Mas isso não a impede de bater ponto lá diariamente, como faz há 41 anos. Desde janeiro, quando as pernas começaram a fraquejar, ela troca a bengala por uma cadeira de rodas sempre que precisa percorrer grandes distâncias. A história de Violeta, que tem 98 anos, se confunde com a do Sírio-Libanês. Filha da fundadora do hospital, Adma Jafet, ela esteve presente, aos 13 anos de idade, à reunião que definiu sua criação, em 1921. Naquela época, a atuação do poder público na área de saúde era ainda mais precária que a de hoje e coube a grupos de imigrantes bem-sucedidos investir na construção de centros médicos de qualidade. Dessa maneira surgiram, por exemplo, o hospital da Beneficência Portuguesa, em 1859, e o Albert Einstein, em 1971. Lideradas por Adma, 27 mulheres da comunidade árabe – de famílias como Nahas, Moherdaui, Gebara e Murad – começaram a arrecadar fundos para erguer a instituição.

    A pedra fundamental só foi lançada uma década depois do primeiro encontro. Outros dez anos se passaram até que o hospital ficasse pronto para ser inaugurado, em 1941. Mas ainda não seria naquele ano que a instituição abriria as portas. O governo do estado desapropriou o prédio para instalar nele uma escola de cadetes, que ali permaneceu por mais de vinte anos. Quando, em 1965, o Sírio-Libanês finalmente começou a funcionar, Adma Jafet havia morrido fazia nove anos. Violeta tomou o lugar da mãe na direção da Sociedade Beneficente das Senhoras do hospital, entidade ainda hoje mantenedora do centro médico, dos projetos filantrópicos e do Instituto de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês. Foi graças a Violeta, aliás, que o edifício foi recuperado. Em 1943, ela acompanhou a mulher do então ministro da Viação em um passeio por São Paulo. Fez questão de levá-la à Avenida Nove de Julho. Em frente ao prédio do hospital, falou sobre a transformação dele em escola militar. “Consegui comovê-la e recebi a promessa de ajuda”, conta.

    Hoje, o Sírio-Libanês é uma referência entre os hospitais do país, principalmente na área de oncologia. Com 1 200 médicos, que atuam em mais de sessenta especialidades, nele são realizadas cerca de 12 500 cirurgias por ano, além de 14 000 internações. Nas últimas semanas, as dezoito mulheres que atualmente formam a sociedade mantenedora do hospital – todas de famílias que participaram da formação inicial – trabalham na organização de um evento em comemoração aos 85 anos de fundação do Sírio-Libanês, na segunda (27). Ainda que tenha de recorrer à cadeira de rodas, Violeta estará lá para receber uma merecida homenagem.

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